Desde 2018 que se celebra o dia da Abelha a 20 de maio.
Porquê o dia da abelha? A abelha é um inseto polinizador, valorizado desde da Antiguidade
pelo mel que produz, usado como alimento ou remédio. Mas não é apenas pelas propriedades
terapêuticas do mel que a abelha é importante. Reconhece-se o papel dos insetos,
e em particular o das abelhas na polinização, essencial para o desenvolvimento das
flores e dos frutos, quer silvestres quer na agricultura. De facto, este dia
proclamado pela ONU visa chamar a atenção para a proteção de agentes
polinizadores como as borboletas ou os morcegos.
Porquê o dia 20 de maio? Porque é o dia em que nasceu Anton Ansa (1734-1773), apicultor, entomologista, zoólogo e pintor que trabalhou para a corte de Viena e que é considerado o fundador da apicultura moderna, tendo escrito vários ensaios sobre o tema.
Dia da espiga, este ano celebrado a 21 de maio, é uma
tradição antiga de celebração da vida e um ritual de interação humana com as
plantas silvestres às quais se atribui uma simbologia que revela a consciência ancestral
da ligação do homem à natureza e que mais tarde foi cristianizada.
O que a tradição não refere é a importância dos insetos promotores desta abundância. Até porque eles, talvez à exceção das abelhas que têm um estatuto especial, não são muito queridos pelo homem. Comprova este facto as práticas agrícolas de guerra mortal declarada os insetos e muitas vezes declaradas também às plantas consideradas daninhas que são simplesmente aquelas que o homem não valoriza para a agricultura ou simplesmente aquelas que já não têm valor comercial.
Contudo, esta consciências está a alterar-se para o bem de
todos nós e as plantas silvestres e selvagens estão na moda com atividades como
o "foraging" a despertar o interesse e a valorização das plantas não cultivadas
pelo homem como foi explicado por Fernanda Botelho, no workshop online “
Alerta ao sal” promovido pela Associação Bandeira Azul da Europa.
A valorização da biodiversidade tem de ser o resultado de
uma consciência de que todos os seres vivos estão interligados e todos têm um
papel crucial a desempenhar no equilíbrio da Vida, e os seres humanos são
apenas mais um elo desta cadeia de interligações. Cabe-lhe múltiplos papéis a
desempenhar – guardião, cuidador, preservador, contemplador, investigador, divulgador,
criador – mas é sobretudo o papel principal de entendedor e respeitador do
direito à vida.
Celebrado desde o inicio da década de 90, o dia internacional
da biodiversidade, é um marco neste caminho de consciencialização para as
questões ambientais e para a necessidade de respeitar a vida e a natureza, como
atesta os vários temas propostos ao longos dos anos, sendo o deste “As nossas
soluções estão na Natureza “ É disso exemplo o referido workshop em que Fernanda
Botelho apresentou uma série de alternativas saudáveis ao uso do sal como a
utilização de plantas silvestre que se podem recolher no campo – orégãos,
alecrim, salvia, urtigas, capuchinhas - e à beira mar – acelga brava,
salicórnia, espirulina, funcho-marítimo dos Açores, campana da praia, planta do
gelo da madeira entre outras.
Ficam uma sugestão de leitura do nosso fundo documental.
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