A estrela de Natal
Françoise Terseur
O Natal está às nossas portas, e a terra resplandece de luzes. estrelas multicolores projectam os seus fogos escarlates no cimo das árvores, de ramos desnudados.
Nesta noite todos os sonhos são festivos, e os desejos aos milhares inflamam os nossos corações sequiosos.
Naquele noite, como hoje, fazia frio e sombra, mas não havia nem lareira ardente, nem luz, nem presente.
Na abóboda celeste, uma estrela destacou-se levando com ela, como único presente, uma esperança para todos os homens que já não se recordavam dela.
Preciosa como uma pérola, caída do firmamento, ela brilhava nessa noite como uma refulgência sem igual.
Então apelando com o olhar os pastores que camiinhavam, este aperceberam-se dela ao longe e ficaram extasiados.
Ela não era a única, mas d'entre todas a mais bela.
Seguiram-na, passo a passo, no seu percurso ligeiro. Muito caminharam sobre as terras desertas, até ela se pousar ao pé de uma gruta secreta.
Nessa noite maravilhosa, uma estrela desceu para trazer aos homens que do céu desprendeu.
Nesta criança tão pura que apenas despertava, depositou os seus sonhos e volveu ao céu.
Os pastores e os reis aproximaram-se do menino e reconheceram no seu olhar a estrelo do mistério.
Hoje ela alegra todos os cantos da Terra, milhares de reflexos de uma noite solitária. na alegria e na embriaguez, não precisamos mais dela para andar novamente à procura da luz.
Nessa noite de Natal, no meio dos fogos, olhai para o céu e então lembrai-vos que foi dessas alturas que ela um dia desceu, para recordar ao homem o seu berço celeste.
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