sexta-feira, 27 de maio de 2022

Fernando Pessoa - encontro com o investigador Simão Valente: Projeto Cientificamente Provável

 Dia 26 de maio  foi realizado na nossa escola o segundo encontro com  Simão Valente,  investigador do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras de Lisboa, que desta feita veio falar de Fernando Pessoa, numa animada apresentação que foi uma viagem de reconhecimento das personagens criadas pelo escritor contribuindo assim, de forma magistral para o alargamento dos conhecimento sobre os escritor o que é uma inegável vantagem para os alunos do 12.º ano a quem estas sessões são dedicadas.

No decurso da sua apresentação, fomos conhecendo aspetos e curiosidade sobre a vida, hábitos e gostos do escritor. Simão Valente apresentou  poemas menos conhecidos que nos mostram outras faces deste escritor, o que nos ajuda a compreender melhor a complexidade não só do processo criativo, como das ideias defendidas por Pessoa através dos seus diferentes heterónimos e semi-heterónimo. O investigador partilhou referências a sites e filmes que nos ajudam a compreender o espírito da época e, desta forma, a conhecermos por intermédio do contexto em que viveu Pessoa, um pouco da História de Portugal e da nossa herança cultural e ideológica.

E, acima de tudo, ficamos com um melhor entendimento da complexidade do processo criativo de Fernando Pessoa e dos seus enormes contributos para a Literatura Portuguesa, pelas experiências inovadoras que concretizou a vários níveis, formal, ideológicos e pelas criações intelectuais de inegável valor.

Estes encontros são um contributo importante para alargar os horizontes culturais dos nossos alunos e melhorar a sua literacia da leitura, com novos e desafiantes linhas de leitura e entendimentos possíveis.

Obrigado Dr. Simão Valente por este momento. 

Obrigado  Joana Botelho.

Esta atividade promove os ODS - 4 Educação de qualidade e 17 - Parcerias


OPINIÃO

Estes encontros com investigadores são uma boa prática? 
Considero que estes encontros promovem a cultura e o saber, possibilitando aos alunos um contacto com uma outra visão da literatura, fundamentada na investigação e no estudo comparatista de textos e autores.

Em que medida é que ajudam os alunos?
Estes encontros ajudam os alunos a aprofundar conhecimentos sobre aprendizagens feitas em sala de aula, possibilitando-lhes o contacto com outras perspetivas críticas sobre obras e autores.

Devemos continuar com estas atividades para que anos de escolaridade?
Penso que estas atividades deverão ter continuidade nos próximos anos letivos, parecendo-me ser especialmente produtivas para os alunos do ensino secundário.

Turma 12.º C

Homenagem a J. Saramago - Dia da espiga

 







José Saramago escreveu apenas uma obra dedicada expressamente a crianças - A maior flor do mundo -, a qual nos serviu de mote para esta pequena homenagem preparada pela biblioteca escolar, com uma pequena exposição que visa dar a conhecer à comunidade esta obra, associando-a com a tradição do Dia da Espiga. Como elemento simbólico elegemos a papoila, uma flor silvestre que vemos com abundância nos campos envolventes, para criar um painel evocativo da variedade de papoilas através da criação de grandes flores de papel, numa alusão clara à biodiversidade.


A história foi dada a conhecer à comunidade com a sua exposição em dois locais diferentes - O átrio do bloco IV e a Biblioteca escolar.


As turmas do 5.º ano leram a história e deram a sua opinião.




sexta-feira, 20 de maio de 2022

Os nossos compromissos

 Este ano conseguimos realizar a maior parte dos pedidos-desejos dos nossos alunos partilhado no poster - O que gostarias que a tua biblioteca tivesse? Uma questão inserida nas atividades desenvolvidas durante o mês de Outubro na Biblioteca Escolar.

Eis algumas respostas pedido-desejos e a sua concretização:

Já temos jogos de tabuleiro- damas e xadrez, como solicitado e outros jogos simpáticos para ajudar a descontrair.
O espaço multimédia foi equipado com computadores novos e um quadro eletrónico, onde se pode ver filmes em grande ecrã. 
Disponibilizamos materiais de pintura. E desenvolvemos ao longo do ano em diversas alturas as oficinas criativas e outras atividades que incluíram o desenvolvimento de práticas criativas.
A nossa oferta de filmes aumentou um pouco com as doações de filmes. Alguns de ação! Falta melhorar a coleção de banda desenhada, com os pedidos de manga, heróis da Marvel... Todos podem ajudar na concretização deste pedido-desejo, contribuindo com doações de livros.
Até já temos uma lista de sugestões.


Divulgamos os livros TOP - os livros mais lidos. 


Para além disso na biblioteca encontras  sugestões de leitura e novidades em destaque.

segunda-feira, 16 de maio de 2022

Homenagem a José Saramago - encontro com o investigador Simão Valente : Projeto Cientificamente Provável




 Hoje, dia 16 de maio, foi realizado o primeiro encontro com investigadores, atividade inserida no âmbito do Projeto Cientificamente Provável, numa parceria com o Centro de Estudo Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e mediado pela arquiteta Joana Botelho que convidou Simão Valente a realizar este encontro, numa sessão presencial dirigida aos alunos do 12.º ano do ensino regular.

Esta sessão complementa e abre linhas de interpretação para a obra de José Saramago, em particular para  O ano da morte de Ricardo Reis, centrando-se nos processos de reescrita e interpretação dos factos históricos, dos símbolos criados para construir uma determinada realidade ou visão histórica, que é em si , uma mundividência ficcional. Neste romance, é isso que Saramago explora, construindo uma personagem que é Ricardo Reis  e outra que é Fernando Pessoa. Estas personagens acompanham todo um processo de revisitação de factos históricos, reinterpretados e criticados, criando-se assim uma perspetiva diferente.

Simão Valente chama a atenção para a seleção de informação e sua releitura ao serviço de ideias e narrativas promotoras de mundividências  alternativas. Contam-se histórias para fazer a História, para promover ideais com objetivos políticos, económicos e sociais. Este investigador traz-nos exemplos concretos de como as estátuas dos grandes autores da literatura portuguesa são utilizados para engrandecer uma ideia de cultura; como alguns monumentos em Portugal foram reconstruídos para enaltecer os gloriosos tempos antigos, contruindo-se em torno destas figuras, destes monumentos narrativas de dimensão heroica, presentificadas no contexto de uma cidade, neste caso Lisboa, a capital. 

As releituras são sempre interpretações, narrações promotoras de uma determinada visão que pretendem veicular um conjunto de valores, criticar outros, valorizar e promover outros de acordo com os variados interesses de diversa ordem, mas acima de tudo perpetuar a memória. A memória histórica é uma continuada ficção. São disso exemplos manifestações de arte popular como as sardinhas pintadas ou o galo de Barcelos, ambos com atual estatuto de ícones da cultura popular, lembranças para turistas. Mas, espelham também uma relação de identificação com muitas histórias curiosas por detrás deste objetos simbólicos, atualmente produzidos em massa. É também esta consciência da necessidade de se construir a ficção de uma memória histórica e unificadora que traga sentido ao presente o que explica a opção pela reconstrução de um património histórico -monumentos, estátuas - na década de 30 e 40 do século XX como o castelo de São Jorge em Lisboa. 

Apercebemo-nos assim que as narrativas têm um carater ficcional, que transcendem o imaginário. Elas constroem um imaginário coletivo e, desta forma, os processos de se fazer história e História fundem-se. O ano de 1936 é o ano da construção de uma nova identidade nacional.

Esta sessão foi uma homenagem a José Saramago e à sua construção ficcional - O ano da Morte de Ricardo Reis.

Ficam também algumas referências literárias como os poemas de Fernando Pessoa em que Saramago se inspirou para criar o personagem. E acima de tudo fica a consciência da ficcionalização da realidade, ou como Goethe dizia. "Não há factos, há a sua interpretação." E isto é tão verdade para a HISTÓRIA, como para as histórias individuais, como para os romances. A linha entre a verdade e a ficção é ténue.

Obrigado Dr. Simão Valente por este momento. 

Obrigado  Joana Botelho.

Esta atividade promove os ODS - 4 Educação de qualidade e 17 - Parcerias




sexta-feira, 13 de maio de 2022

As mulheres e a Memória - Lúcia Serralheiro



 As mulheres e a memória é a proposta de Anabela Penas para os alunos do 7.ºano conversarem e ouvirem uma série de histórias - memórias contadas por Lúcia Serralheiro, atividade desenvolvida no âmbito das comemorações do dia da Língua Portuguesa e que teve lugar na nossa biblioteca no dia 12 de maio.

Enfatizando o papel das mulheres como fazedoras de memórias e impulsionadoras de mudanças sociais, numa luta incansável, e muitas vezes silenciosa, pelos seus diretos e dignidades, contribuindo em pano de fundo para muitas mudanças em diversas áreas como a saúde, a educação e a política, Lúcia Serralheiro foi contando diferentes histórias-memórias recolhidas aquando da sua investigação e de conversas formais e informais.

E um exemplo desta luta é a história da vida de Dra. Sofia Quintino, natural do concelho do Cadaval, personagem sobre a qual se centrou as suas conversas, como exemplo de uma mulher, nascida nos finais do século XIX, que sempre investiu na sua formação científica e na formação de outras mulheres, defendendo direitos que à época eram já bastante visionários e avançados.

Das histórias-memórias, se faz a História. Nas suas muitas investigações para recolher informação para os seus livros, Lúcia Serralheiro deu-se conta de que são mais as mulheres do que os homens quem guarda e transmite memórias.

Destas conversas ficaram muitas mensagens importantes para os nossos alunos. A valorização do que é local, das personalidades que contribuíram para melhorar as condições de vida, saúde, higiene e defender diferentes direitos humanos como a liberdade, igualdade e fraternidade e tudo o que envolve alcançar estes ideais, começando por cada um de nós, no espaço onde habitamos.

No final da sessão, oferecemos um pequeno presente, cortesia da Biblioteca Municipal do Cadaval.

Os alunos do Clube da Rádio Escola Azul fizeram uma pequena entrevista. Ouça aqui.

Esta atividade insere-se no âmbito da concretização de dois eixos do Plano Educativo do nosso agrupamento - Integração dos ODS (4- Educação de qualidade  5- Igualdade  de género e 17- Parcerias) e desenvolvimento do currículo local.



sábado, 7 de maio de 2022

Histórias com Estrelas - sessão 3

 



Na noite de 6 de Maio, realizámos a terceira sessão de histórias com estrelas. Uma sessão que contou com a presença de alunos do 9.º ano, que tiveram a oportunidade de conhecer as estrelas e as constelações bem como as histórias mitológicas a elas associadas, sendo que muitas são referidas em Os Lusíadas. 

De forma descontraída e divertida, observaram-se estrelas à media que estas se iam tornando visíveis num céu cada vez mais escuro. A Ursa Maior e Menor, a estrela polar para nos orientarmos, o boieiro,  Arcturo,  a constelação de dragão, a espiga. Castor e Polux junto da lua em quarto crescente... E de todas elas foram contadas histórias de um tempo antigo, mas sempre presente nas perguntas e curiosidade dos alunos.





quinta-feira, 5 de maio de 2022

FERNANDO PESSOAS - Celebrar o dia da Língua Portuguesa


 Hoje é um dia muito especial. 

O dia da língua portuguesa. 


Celebrado com a proposta de irmos ao teatro. A peça escolhida foi Fernando Pessoas, um projeto criado pela dupla Lita e Luís que formaram Estórias com Asas direcionado aos alunos do Ensino Secundário, em particular para os alunos do 12.º ano, que assim tiveram a oportunidade de complementarem o seu estudo da vida e obra de Fernando Pessoa.

Oferecida pela autarquia no âmbito das atividades da Primavera dos Livros, que este ano foi retomada presencialmente, a apresentação desta peça é sempre surpreendente e divertida e seguida de um momento de diálogo entre os atores os alunos, no qual se esclarecem dúvidas e apresentam razões para este tipo de teatro, uma performance que vive de sugestões e de elementos cénicos minimalistas, apontamentos que visam despertar a imaginação de cada um de nós. A peça em si é o resultado de uma criteriosa seleção dos textos literários e cartas escritas por Fernando Pessoa e apresentada com leituras encenadas de modo a realçar os momentos mais importante da vida deste autor e da sua obra.


Uma experiência diferente de ir ao teatro.



LIVROS DE MEMÓRIAS- SCRAPBOOK - SESSÃO 3

 

A  diversidade de materiais usados proporciona a oportunidade de apresentações muito diferentes traduzindo a preferência de cada aluno na criação de um projeto muito pessoal- O seu livro de memórias. Um desafio de escrita por modelos, mas criativa, livre e abrangente de forma a possibilitar uma resposta criativa.
Tudo serve de inspiração: as flores do jardim da casa ou até da escola, as conchas e búzios, a fotografias de infância, os desejos suscitados pelas memórias de um carro, uma viagem, as relações familiares e os amigos, os animais de estimação... E,assim, nascem poemas com diferentes temas....

Nesta última sessão, foram finalizados alguns trabalhos. Já vemos resultados deste desafio de escrita e criatividade.  

Produto da criatividade individual, das memórias que levam à conceção do objeto final - o livro de memórias vai  refletindo um percurso, gostos, escolhas pessoais.
 Os livros finalizados, serão expostos na biblioteca escolar.




Parabéns a todos.